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Uma história sobre uma ladra de ideias





A garota lia um conto de fadas, atenta a todos os detalhes ali, analisando o conto. A Rainha de Neve, era o nome do conto e contava a história de um garoto que teve um dos olhos perfurados por uma farpa de um espelho que despertava o pior das pessoas.

A Rainha de Neve estava por trás disso e, quando a garota terminou de ler, o conto finalizando com um final feliz, a cabeça da garota palpitava com as ideias recém-roubadas.


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Um espinho, um espinho que, quando perfura a pele, acaba despertando o pior da pessoa. “Mas se a Rainha de Neve for na verdade uma bruxa?” pensou a garota, após pegar uma folha de papel e lápis para anotar as ideias.

“E se essa bruxa na verdade tiver um poder próprio, o poder de criar trepadeiras e mais trepadeiras de espinhos?” a garota continuou o pensamento. “E se cada espinho puder não apenas despertar o pior da pessoa, mas também fazer com que a bruxa controle essas pessoas?”.

E, junto com todas essas ideias roubadas e unindo elas as duas palavras mais poderosas para a criatividade “e se?”, a garota deu vida a uma personagem: a Dama de Espinhos. Ainda poderia fazer mais mudanças, mas é claro que a ideia já havia nascido, a personagem estava ali, pronta para ser desenvolvida, para ter mais e mais “e se?” e mais ideias roubadas acrescentadas a elas.

Mas a garota não se conteve. Não, para que se conter se você pode roubar mais e mais ideias? Afinal, um bom ladrão rouba de vários e não apenas de um.

Mas então, ela é uma bruxa, não é? O que mais a garota poderia descobrir e criar sobre os bruxos e bruxas?

Então depois de ler vários e vários contos de fadas (eles eram realmente uma mina de ouro para os ladrões de ideia), a garota leu um conto, o conto dos Sete Corvos.

A história contava sobre sete irmãos, sete príncipes. A rainha, mãe dos príncipes, havia engravidado e, por algum motivo que fosse, os irmãos não poderiam mais viver no castelo, precisariam fugir caso o bebê fosse uma menina. A vida deles estava em perigo se o bebê fosse uma menina.

Então, é claro, o bebê nasce e é uma menina. O conto continua a história, até que chega um ponto em que os irmãos se transformam em corvos e, para que eles possam voltar ao normal, a irmã, que os havia achado, precisa ficar sete anos sem falar. Sete anos, sem falar nem rir.

Rapidamente depois de ler isso, a garota se levanta e volta para sua folha de papel e caneta. Ela pensa “e se os bruxos tiverem que ficar sete anos para poderem ter domínio sobre seus poderes? E, se não conseguirem, eles se transformarem em pássaros?”

E assim, com esse “e se?”, boa parte da cultura, mitologia e sociedade dos bruxos e bruxas teve seu início, teve o ponto de partida que a garota iria usar para criar todo o mundo dos bruxos e bruxas.

E, cada vez mais lendo histórias, observando pessoas, vendo lugares, mais e mais a garota roubava ideias, modificava elas, unia ou desmembrava elas. Quanto mais ideias a garota roubava, mais e mais criativa ela se tornava.

 

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