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Nós de fato precisamos de um propósito?





O filme Soul faz uma reflexão que, por mais que no início eu não tenha conseguido expressar com palavras, depois de um tempo tentando, eu finalmente consegui.

De início, o filme parece que fala sobre propósitos e sobre missões de vida. Sobre alcançar algo, sobre alcançar o seu sonho, aquilo que você foi, desde antes de nascer, preparado e instruído para fazer.

Mas será que é realmente sobre isso que o filme fala?

Quando chegamos mais próximo do final, descobrimos que não, que o filme não fala sobre isso. Ele fala sobre algo mais poderoso, algo que nem sempre a gente de fato aprende. Ele fala sobre o que a gente já possui, sobre aquilo que a gente já faz e pode continuar fazendo, e não sobre alcançar algo.

Os dois personagens principais mostram isso: Joe e 22.



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O que os personagens principais nos ensinam?


Joe é um músico, ele faz música e ensina música e o seu grande sonho, sua grande missão de vida e propósito é viver da música, trabalhar fazendo música.

Já a 22 é uma pessoa que nem mesmo nasceu ainda e que, por mais que grandes mentes tenham sido mentoras dela, ainda assim, nenhuma conseguiu fazer ela achar o seu “propósito e missão de vida”.

Mas quando a 22 vai para a Terra no corpo do Joe e vive de fato, ela começa a ver prazer em viver, ela começar a querer viver, algo que ela antes não queria. Ela não sabe qual é o propósito e missão de vida dela, mas, ali, na Terra, ela quer viver, quer continuar vivendo.

O Joe não entende qual é o propósito de vida dela e, quando ele pergunta para um dos Zés (os funcionários no mundo pré-vida) sobre qual foi o propósito da 22, o Zé diz uma das frases mais importantes do filme: “Os mentores e seus propósitos e missões de vida. Não existe essa coisa de propósito.”

Simples assim, o filme quebra toda a ideia que havia criado desde o começo do filme, apenas para nos mostrar uma nova ideia, uma nova lição, muito mais importante do que a primeira: não precisamos de um propósito, nós precisamos de uma vocação.


A diferença entre vocação e propósito


Em um dos meus episódios do podcast, eu falei sobre vocação (Como achar a sua vocação) e falei sobre como a Elizabeth Gilbert (sabe a autora de Comer Rezar Amar? Então, é ela!) explica o que é uma vocação. E acho que isso é importante para entendermos a diferença disso para propósito ou missão de vida, algo que na hora de gravar aquele episódio do meu podcast eu não havia visto a diferença.

Mas então, uma vocação é algo que te chama, é algo que pede para ser realizado. Já um propósito ou missão de vida é algo a ser alcançado, algo que você precisa conquistar, como o Joe achava que precisava conquistar uma vida na música e um trabalho nela para poder atingir o seu propósito e missão de vida.

Porém a enorme diferença entre a vocação e o propósito é que o foco da vocação está no aqui e agora e o foco do propósito, está no futuro, em um futuro que, por mais que chegue, nunca vai ser como você esperava.

E sabe por que nunca vai ser como esperávamos? Bem, porque a gente já alcançou esse futuro. Quando estamos buscando o nosso propósito, meio que a gente já está realizando a nossa vocação também, mesmo que não percebamos.

E para isso, acho que faz sentido retomar uma outra parte importantíssima do filme: quando a Saxofonista conta uma história para o Poe.

Tem uma história sobre um peixe. Esse peixe foi até um ancião e disse: "Tô procurando um negócio. Um tal oceano." "O oceano?" O ancião falou. Você está no oceano." "Isso?" Disse o peixinho. "Isso aqui é água. O que eu quero é o oceano."

O peixe já estava no oceano, mesmo que não percebesse. O Joe já fazia música, já tocava e sentia coisas maravilhosas com a música. Nós, na maioria das vezes, já realizamos a nossa paixão, a nossa vocação. A gente não precisa achar o oceano, porque a gente já está nele.


Então, no final das contas nós precisamos ou não de um propósito?


E a minha resposta para isso é: não. Não precisamos de um propósito, pois nós já temos uma vocação.

A gente precisa parar de ficar procurando no futuro algo que nós já temos aqui. Nós precisamos aproveitar a nossa vocação no aqui e no agora, pois você não precisa alcançar nada nem conquistar nada para, quando estiver realizando a sua vocação, você se sentir vibrante, sentir que está flutuando e sentir que o mundo é o melhor lugar do universo.

Você já pode sentir isso, já pode sentir tudo isso agora, com a sua vocação.


 

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