Como podemos tomar decisões de forma mais consciente, escolhendo a melhor opção para nós?
Essa é uma pergunta que eu costumo me fazer bastante. Eu particularmente sou uma pessoa que não me dou bem com decisões: como eu sou geminiana, eu sempre quero ter todas as opções que eu preciso escolher, sem que eu de fato precise fazer uma escolha e tomar uma decisão.
Mas é claro que nós não podemos ter tudo: nós vamos ter que tomar decisões uma hora outra.
Então como tomar decisões de fato?
Para responder isso, eu irei acrescentar um item na nossa discussão: o tarô.
O que é e como o tarô pode me ajudar?
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O tarô é um conjunto de 78 cartas. Cada carta fala sobre algo dentro de nós: ou sobre algo que temos muito, ou sobre algo que temos pouco.
Há uma carta de tarô dentro de todos nós, mesmo que algumas nós não gostaríamos de ter, nós temos.
Mas por que eu estou falando do tarô agora? Por que ele tem a ver com tomar decisões?
Porque há duas cartas do tarô que conseguem nos ensinar muito sobre como tomar decisões. Essas cartas são: a carta da Justiça e a carta dos Enamorados.
Lembra que eu disse agora há pouco que tem uma carta de tarô dentro de todos nós? Pois é, há uma Justiça ou um Enamorados dentro de você. Você toma decisões ou como a Justiça, ou como os Enamorados (ou como os dois, quem sabe).
Então, se a gente conseguir entender como nós tomamos decisões observando essas duas cartas, fica mais fácil de lidarmos com as decisões de um jeito mais simples.
Vamos então falar sobre essas duas cartas?
A Justiça
Vamos começar falando sobre a carta da Justiça.
Essa é uma carta que é mais visível que ela fala sobre decisões: veja a balança nas mãos dela, simbolizando a capacidade dela de pesar as coisas antes de tomar uma decisão; veja o nome dela, mostrando que ela é justa e imparcial nas próprias decisões; e veja a espada que ela carrega, mostrando que ela usa a sua racionalidade para tomar suas decisões, afinal, a espada é um símbolo do elemento ar, que está ligado ao racional.
Observando esses três elementos, nós conseguimos entender como a Justiça toma decisões: ela pondera as opções, buscando a justiça e imparcialidade através de uma linha de pensamento racional.
Talvez você se lembre de alguém que costuma ser assim, seja esse alguém você ou outra pessoa: alguém que é racional o bastante para ser justo e imparcial, que não toma decisões com pressa e impulsividade, mas sim com reflexão, estratégia e ponderando as coisas.
Então, já entendemos como a Justiça toma decisões, de uma forma mais teórica. Mas e na prática? Como ela toma decisões dessa forma?
Cada um tem o seu próprio jeito de ser um pouco Justiça na hora de tomar decisões, mas algumas opções são as seguintes:
Fazer uma lista de prós e contras e escolher aquela que tem mais prós.
Refletir sobre o que você valoriza e qual das opções está mais próxima disso. Veja esse meu texto para entender mais sobre isso.
Se perguntando “o que eu quero colher no futuro?” e escolhendo a opção que está mais de acordo com o futuro que você quer alcançar.
Se perguntando: “se um amigo meu tivesse que tomar essa decisão, qual eu diria para ele tomar e por quê?”
Essas são algumas formas de tomar decisões como a Justiça, mas se você conhece outras técnicas, vá em frente e use e abuse delas! O importante, para a Justiça e para as pessoas que preferem tomar decisões como ela, é que as coisas sejam feitas de forma racional, justa e muito bem pensada, refletindo sempre, buscando o jeito mais estratégico e com o mínimo de riscos para escolher.
Os Enamorados
Em contrapartida da Justiça, que é uma carta racional, estratégica e imparcial, os Enamorados são o total oposto: são emocionais, impulsivos e muito passionais.
Para os Enamorados, o coração é quem manda: não importa se aquela decisão parece ser um erro, se ela vai causar muitos estragos, se é aquela decisão que o seu coração pede, é aquele que os Enamorados vão escolher.
Eu gosto de pensar que a carta dos Enamorados toma decisões como a Lily de How I Met Your Mother.
Eu irei falar sobre o final da primeira temporada e o começo da segunda agora, então se você não quiser ter spoilers da série, recomendo que pule essa parte.
No final da primeira temporada, a personagem Lily decide que quer ir para São Francisco tentar ser pintora. Ela acaba deixando o seu noivo Marshall, que assim que ela parte para São Francisco, eles terminam o relacionamento deles.
Ela claramente toma uma grande decisão: continuar em New York, mas sem saber se iria conseguir ganhar a vida como pintora, ou ir para São Francisco para descobrir isso, mas deixando o amor da sua vida para trás.
E, antes dela tomar essa enorme decisão, ela e o Ted conversam sobre isso. E, nessa conversa, ela diz uma das frases que mais me emociona da série toda:
“O maior erro seria não cometer um erro porque você vai passar a sua vida inteira sem saber se era um erro ou não.”
Isso sempre me arrepia quando eu lembro da Lily chorando e dizendo isso, dizendo aquela filosofia de vida que eu carrego para a minha vida como um todo: que, para que você descubra se um erro é de fato um erro, você precisa cometê-lo. Se não cometer o erro, se não escolher a decisão que o seu coração pede, mas que a sua mente diz que é um erro, como você vai poder saber se realmente era um erro?
E o pior: o erro verdadeiro não é cometer o erro, mas sim não cometê-lo: pois você vai sempre ficar se perguntando se era um erro mesmo ou não.
E é assim que os Enamorados tomam decisões: eles se perguntam “o que eu quero?” ou “o que eu preciso saber, o que eu preciso descobrir para não me arrepender de não ter feito no futuro?” e tomam a decisão com base na resposta.
Os Enamorados são impulsivos, porque o coração é impulsivo e a vida acontece no agora: não há muito tempo para ficar pensando e refletindo, você precisa tomar uma decisão agora ou talvez se arrependa no futuro.
Acho que a única técnica que eu posso te ensinar para tomar decisões como os Enamorados é de fato se perguntar: “qual das opções que, se eu não realizar, eu vou me arrepender no futuro de não ter descoberto se era um erro ou não?”. E escolher essa opção.
Ouça o seu coração, o seu emocional, e você conseguirá tomar decisões como os Enamorados.
Você é mais Justiça ou mais Enamorados?
Talvez, enquanto você lia a explicação dessas duas cartas, você tenha pensado: “nossa, eu sou bastante assim!” ou “eu tomo decisões desse jeito!”, então você descobriu com qual carta você mais se assemelha e entendeu como deve tomar decisões.
Mas, se você pensou: “eu deveria ser mais assim…” talvez você seja como a carta oposta a que você acha que deveria ser. E olha, não há nada de errado em tomar decisões como a Justiça ou como os Enamorados (a gente, em geral, julga mais as pessoas que tomam decisões como os Enamorados, mas pessoas-Justiças também são julgadas às vezes).
Você forçar algo em você, você se forçar a ser algo que não é, mesmo para algo como “tomar decisões” não é algo que seria muito legal e saudável para você. Você não concorda comigo que é melhor que você tome decisões da forma como você é e acredita? Da forma que você (e não a sociedade) acredita que é a melhor para você?
Talvez você possa começar a tomar decisões de acordo com a carta que você mais se assemelha abraçando esse lado dela: se for mais como a Justiça, por que não refletir sobre o por que de você querer ser mais como os Enamorados? E se você for mais como os Enamorados, por que não respirar fundo e lembrar da frase da Lily toda vez que a sua mente pedir que você seja mais como a Justiça?
Enfim, abrace quem você é, inclusive na hora de tomar decisões!
Mas, antes de finalizarmos, um aviso: há pessoas que conseguem ser as duas cartas, em situações específicas. Eu sou uma dessas pessoas.
Eu sinto que eu sou bastante Enamorados quando as decisões são pequenas e do dia a dia: eu escolho o que o meu coração pede, sem ficar pensando demais.
Mas, quando as decisões são maiores ou envolvem outras pessoas, eu costumo refletir bastante, ficar pensando e pensando por dias antes de tomar uma decisão, bem ao estilo da Justiça.
Então, se você for como eu que toma decisões como as duas cartas, tente entender em que situações você é mais Enamorados e em quais você é Justiça, para conseguir tomar decisões de acordo em cada uma dessas situações.
Enfim, espero que esse conteúdo possa te ajudar a tomar decisões melhor e mais de acordo com quem você é de fato! Até o próximo texto!
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