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Como ter a mente aberta

Atualizado: 17 de out. de 2020



Muita gente acaba tendo a mente fechada para várias coisas. Outras pessoas já são mais abertas. Mas, sendo você mais fechado ou aberto para as coisas, dá sempre para ser MAIS aberto.

Por isso, espero que essas dicas possam te ajudar a ter uma mente mais aberta, mais ainda do que a sua já é.





Pare de julgar

Quando a gente julga, a gente está colocando uma ideia na nossa mente. Quando você diz “ela tem aquele cabelo rosa porque quer chamar atenção” ou “eu jamais conseguiria fazer jardinagem” (porque sim, dá para a gente julgar a nós mesmos), você está colocando na sua cabeça de fato que aquela pessoa com o cabelo rosa quer chamar atenção ou que você jamais vai conseguir de fato fazer jardinagem.

Isso parece um pouco bobo, mas a nossa mente tem poder e quando a gente coloca uma coisa na nossa cabeça, é difícil de tirar.

Como é que você quer entender porque aquela pessoa tem cabelo rosa se você já está achando que é apenas para chamar atenção? Como é que você quer tentar fazer jardinagem se já está excluindo a possibilidade de isso dar certo?

A gente não controla os nossos pensamentos, mas a gente controla as nossas atitudes. Então, sempre que pensar algo como “eu jamais conseguiria fazer jardinagem”, diga para si mesma: “não, eu na verdade estou em processo de ser uma melhor jardineira” ou “não, na verdade eu AINDA não consigo fazer jardinagem” ou pergunte “por quê?”.

O por quê é uma ferramenta extremamente poderosa e que vai te ajudar muito se quiser ter uma mente mais aberta. Pergunte por quê para tudo e busque pela resposta. “Por que eu jamais conseguiria fazer jardinagem?”, “por que ela tem cabelo rosa?”, “por que eu acho que ela tem um cabelo rosa só para chamar atenção?”, “por que estou pensando isso?”.

Um exercício legal é sempre que tiver uma resposta, perguntar o por que de novo. Você pode até mesmo fazer isso com alguém, em uma conversa. Pergunte “por quê?” e ai pergunte de novo diante da resposta do outro e ai um “por quê?” de novo para a próxima resposta e a próxima e a próxima e a próxima e a próxima…

O mais maravilhoso do “por quê?” é que você pode perguntar isso para qualquer coisa e diversas e diversas vezes. Mas, só para avisar: tem gente que vai acabar se irritando ou se frustrando com a quantidade de vezes que você perguntar “por quê?”, por diversos motivos. Quando isso acontecer, tente perguntar menos para essa pessoa.

Entenda que não há certo e errado

Você acredita em certo e errado? O que você acredita que seja o certo? E o errado? Como você tem certeza que algo é certo e como tem certeza que algo é errado? Como você tem certezas? Você acredita em certezas? Acredita que haja como a gente ter certezas das coisas?

Enfim, esse é o próximo tópico, mas vamos voltar ao assunto de certo e errado.

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Certo e errado são conceitos que muitos acreditam que esteja cristalizado ou que seja algo como preto no branco, mas, muitas vezes (para não dizer em todas) não é assim que funciona.

O certo e errado mais parecem dois tipos de cinza, só que um se aproxima mais do branco e outro do preto. Não sei se existe algo realmente branco e preto. Há apenas tons de cinza.

Quantas vezes você já assistiu um filme e ficou em dúvida se o que o personagem fez foi certo ou errado mesmo? Quantas vezes na sua própria vida você não teve essa dúvida? Se perguntando o que realmente seria o certo naquele momento.

Dumbledore, de Harry Potter, uma vez disse que o certo e o fácil normalmente são coisas bem distintas. Mas será mesmo que essa definição de certo como “algo difícil de se fazer” é tão concreta assim? Será que é tão simples assim?

Bem, certo e errado provavelmente são coisas mais difusas. São questões bem mais filosóficas e bem mais difíceis de se definir de forma simples, como a forma que Dumbledore definiu. Mas uma coisa é certa, ninguém sabe com certeza o que é certo e errado.

Quantas vezes a gente não achou que uma coisa fosse certa e ao olhar em perspectiva, percebeu que ela na verdade era muito errada? Ou vice-versa.

As coisas e os conceitos mudam, principalmente os de certo e errado. Então quando você entende isso, você para de dizer “isso é certo”, “isso é errado” e ai abre possibilidade para tentar entender aquilo, sem julgamento de valor.

Porque, afinal, se você diz que algo é errado ou certo, isso é um julgamento. E julgamentos só ajudam para que a nossa mente de feche cada vez mais.

Então, sempre que fizer esse tipo de julgamento, tente se perguntar “mas o que teria de errado nessa coisa que eu julgo ser certa?” e vice-versa. Assim, você vai passar a ver o certo naquilo que é errado e o errado naquilo que é certo e vai parar de ver o mundo como se fosse preto e branco e passar a ver ele como algo cinza.

Entenda que não precisamos ter certeza de tudo

Certezas não existem. O que existe é fé. Você tem fé em algo e ai, isso passa a ser uma “certeza” na sua vida. Mas, se outra pessoa não acredita naquilo, de jeito nenhum, isso não é uma “certeza” na vida dela.

É impossível que todos acreditem na mesma coisa e, se alguém não acredita naquilo, isso para de ser certeza. Além de que, a única certeza que temos é a morte.

Quando você entende que não há certezas, você busca sempre por respostas e nunca toma nenhuma delas como certeza. Porque, se você acredita que existem certezas, você pergunta “por quê?” para uma certa coisa e aí já recebe a sua resposta, quando esse algo surgir de novo de uma outra forma, você não vai perguntar de novo “por quê?”, pois já sabe a resposta.

E isso é um erro, porque, se você para de buscar por respostas, mesmo que já as saiba, você se fecha para as outras possibilidades de resposta.

Ter uma mente aberta é se abrir para tudo, inclusive outras possibilidades de resposta.

Entenda como a nossa cabeça funciona

Tem um conceito que diz que a nossa cabeça funciona como um semáforo: quando você está diante de algo que vai de encontro com o que você acredita, o seu semáforo interno acende a luz verde.

E quando você está diante de algo que não vai de encontro do que você acredita, o seu semáforo interno acende a luz vermelha e aí você acaba negando aquilo.

Quando a gente nega algo ou não abre possibilidade para tentar entender ou se perguntar “Será que não tem um pouco de verdade nisso?”, a gente se fecha para aquilo. A gente diz “isso não é verdade e pronto. Fim de discussão.”

Mas, como é que você vai conseguir entender aquilo, se abrir para aquilo, se você nega aquilo e já encerra o assunto?

Então, sempre que o seu semáforo interno acender a luz vermelha, tente fazer perguntas para o outro sobre aquilo, mas não perguntas para provar o seu ponto, mas sim perguntas como se quisesse entender mais daquilo.

E durante tudo isso, se pergunte “será que tem um pouco de verdade nisso?” e tente buscar pela verdade naquilo. Com o tempo isso vai se tornando mais natural e você não vai ser controlado pelo seu semáforo interno.

Por fim, entenda que a melhor forma de se ter uma mente mais aberta é fazendo perguntas. A gente jamais vai se abrir para algo com afirmações.

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